terça-feira, 19 de julho de 2016

Amor Real no Mundo LGBT

Relacionamentos sempre dão vários motivos para conversas informais entre amigos, familiares e analistas. Isso porque muitos destes relacionamentos são baseados em “pilares” diferentes daquele que realmente deveria sustentar qualquer relação: o amor!
No meio homossexual é comum encotrarmos relações baseadas em tudo, menos amor. Normalmente sempre um boy magia explora um gay endinheirado, ou pelo menos financeiramente  melhor que o boy explorador. Sabe porque isso acontece? Porque o explorado está com a autoestima abalada e acredita, ou é convencido a acreditar, que sem o boy explorador não encontrará felicidade com mais ninguém, logo, prefere estar mal acompanhado a viver só. Entre meus amigos, isso acontece normalmente entre os passivos, gordinhos e mais velhos, mas já conheci casos que fogem a essa regra.

O fato é que sempre estaremos em busca de amor, ou sexo gostoso que seja, e sempre encontraremos pelo caminho quem se disponha para tal, ainda que seja um amor Real $$$. Cabe a nós aceitarmos ou não as regras  e jogar o jogo do boy. O problema que é que o boy vai tirar de ti pra gastar com outros e/ou outras. E vai te deixar de lado até que o dinheiro acabe. É quando ele volta cheio de carinho, caso tenhas sorte, ou cheio de violência como é mais comum, para tirar todo o teu dinheiro e partir pra boemia, te deixando na sofrência.  Se você está em um relacionamento assim, liberte-se já! Boy nenhum merece que você se rebaixe e se humilhe por causa de neca. Aprenda a amar primeiramente a você mesmo, quando isso acontecer, você passará a frequentar outros lugares, conhecerá novas pessoas, adotará novas atitudes frente à vida e, fatalmente, o amor virá até você sem esforço algum... Mude! Não adianta só pintar o cabelo, valorizar o visual, entrar numa academia e malhar até estourar,  a mudança deve ser gradual, de dentro para fora, mas esta é uma decisão que só você pode fazer por você. O que posso garantir é que você não perderá nada em tentar.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

RELIGIÃO E HOMOSSEXUALIDADE: (DES)CAMINHOS DA HUMANIDADE

A história de nossa civilização nos ensinou que em algumas sociedades a homossexualidade esteve ligada aos ritos sagrados, como nos encontros dedicados ao deus falo, representado pela forma de um pênis, grande e ereto, nos banquetes dedicados a Baco, os bacanais, dentre outros. No entanto, com o advento do Cristianismo, as relações homossexuais foram condenadas a um não-lugar social e seus "adeptos" que não se convertiam ao cristianismo eram condenados a viver no ostracismo ou seriam torturados, mutilados e, até mesmo, queimados vivos. 
Não pense você que as torturas e assassinatos de homossexuais, em nome de Deus,de Alá, ou de quem quer que seja, ficaram no passado. Lembremos do caso de do Irã, baseado na lei Islãmica, que estabelece a pena de morte para o sexo gay, que, em 2005, condenou dois adolescentes a prisão por 14 meses, seguido da aplicação de 228 chibatadas em cada um e enforcamento público na Praça da Justiça da cidade de Mashhad, nordeste do Irã. Causando revolta e comoção mundiais.
A homossexualidade chegou a nossa sociedade atual como "estilo de vida marginal", "ecentricidade", "loucura", distúrbio hormonal ou psicológico", "possessão demoníaca" ou "obra de alguma Pomba gira". Há séculos homossexuais são violentados simbólica e físicamente por serem vistos sempre atrelados a noção de erro, de pecado, de aberração, de abominação, de algo que deve ser curado, corrigido, doutrinado, e a religião é uma das principais responsáveis por isso. Vejamos, pois, o que pensam as principais religiões de nossa sociedade atual sobre a homossexualidade e sujeitos homossexuais.
 O Islamismo continua condenando a homossexualidade; a Igreja Cristã também, tanto a católica quanto a evangélica. Para esta, indivíduos homossexuais são dotados de uma "Perversão satânica e deliberada desobediência a Deus" (Assembléia de Deus); ou de uma "Distorção da sexualidade"(Igreja Batista); Para aquela, no entanto, dois seguimentos divergem opiniões sobre a aceitação da homossexualidade: a primeira, a Apostólica Romana, orienta a formação familiar a partir da união heterossexual. A homossexualidade é condenada e vista como ato pecaminoso;  a segunda, o catolicismo liberal, consegue deixar o carater sexual de seus fiéis em segundo plano, pois acredita que "O ser humano é acima de tudo uma criatura de Deus".
Mas nem só de preconceito vive o homem, alô alô graças a Deus! Outras religiões veem a homossexualidade como uma condição humana que não interfere no caráter e na fé de seus seguidores.  O espiritismo, por exemplo, acolhe a homossexualidade, pois busca Entender as pessoas como elas são, sem preconceitos. Para a filosofia budista, por sua vez, não importa se o budista é hetero, bi, a, homo, pan, etc, o importante é não fazer o mal, mas cultivar o bem e purificar a mente. A Umbanda também não julga seus filhos e suas filhas homossexuais, as entidades não discriminam ninguém, pois veem diante deles o ser humano, não sua sexualidade. O que a entidade quer é um coração bondoso, um comportamento ético e muito trabalho e doação fraterna. Coincidência ou não, estas religiões que pregam o amor ao próximo, sem preconceitos, são tão discriminadas quanto sujeitos homossexuais. A discriminação ainda se agrava contra homossexuais que as seguem, em especial os ubandistas.
Recentemente, na contramão da ordem das coisas, surgiu no Brasil uma nova igreja evangélica, chefiada pelo Pastor Marcos Gladstone, esta, além de evangélica e cristã,  é também LGBT: a igreja cristã contemporânea, que conta hoje com nove sedes espalhadas pelo Brasil e mais 1.800 membros, dos quais 90% são homossexuais declarados. Isso mesmo! Pode prepara o bouquet de flor de laranjeiras, encomendar o vestido branco estilo retrô com véu de 20 metros e escolher o buffet!
Em entrevista ao site Igay, o pastor Marcos, que hoje está casado com o Pastor Fábio Inácio, afirmou que os cultos são abertos a quem quiser participar e não exclui ninguém por sua condição sexual, disse ainda que a igreja cristã contemporânea realiza matrimônios e batizados como nas demais igrejas Cristãs.
                        

Defendemos uma teologia inclusiva, de acolhimento homoafetivo. Tomamos como exemplo Jesus, que sempre cuidou das minorias, acolhendo os que a sociedade excluía”, diz.

Para o pastor Gladstone, Um dos grandes problemas da  não aceitação de homossexuais nas igrejas cristãs, nasce na interpretação errônea de que a  bíblia condena a homossexualidade,  quando, na verdade, condena os  rituais pagãos. Vai além: culpa também as diferentes tradições do livro sagrado que são usadas para disseminar a ideologia da condenação e do pecado Cristão  e cita como exemplo o texto de 1 Coríntios, capítulo 6, versículo 9. 


Versões preconceituosas traduziram o trecho como ‘Efeminados e sodomitas não herdarão o Reino dos Céus’, porém, o escrito original do grego diz ‘Depravados e pessoas de costumes infames não herdarão o Reino dos Céus’”, comenta.

Dentre tantas polêmicas envolvendo homossexualidade e texto sagrado, fica dificil acreditar que a Biblia condena a homossexualidade se lembrarmos do possivel amor entre Davi e Jonatas, descrito em  I Samuel, quando o Rei Saul chamou à sua presença Davi, então apenas um jovem guerreiro, devido a seus grandes feitos em combate e por ter matado o gigante Golias. Nesta ocasião, Jonatas, filho do rei Saul, ao ter visto pela primeira vez davi, o Amou ( OI? Amor à primeira vista entre dois homens? Na Bíblia?! Então... Será? babado!)



Ora, acabando Davi de falar com Saul,a alma de Jonatas ligou-se à alma de Davi; e Jonatas o amou como à sua própria alma ( I Saul: 18 1)



O texto segue relaando que, depois de um tempo ,o rei Saul desejou a morte de Davi, aind aque conhecedor da popularidade de Davi, de recebê-lo na própria família com todas as honras, casando-o com a princesa Milka. Ao lermos com atenção o o texo sagrado, podemos entender dois possíveis motivos para o nascimento do ódio de Saul por Davi:

Então se acendeu a ira de Saul contra Jonatas, e a ele lhe disse: Filho da perversa e rebelde! Não sei eu que tens escolhido o filho de Jessé (Davi) para vergonha tua e para vergonha de tua mãe? ( I Samuel 20.30)

O primeiro motivo aparente que justifique o ódio de saul contra Davi é a escolha de Jonatas de seguir Davi como rei. O segundo motivo, por sua vez, está implícito no trecho “para vergonha tua e para vergonha de tua mãe?” onde podemos inferir uma possível homossexualidade de Jonatas, o que era considerado extrema vergonha tanto para a sociedade em que vivia, como para uma mãe que passou nove meses gerando no ventre um homem. 
A decepção de Saul com seu filho Jonatas, portanto, seria dupla: primeiro por descobrir a possível homossexualidade de seu filho, depois por descobrir o envolvimento deste com o próprio genro, Davi,  a quem Saul recebera como filho. O que por sua vez pode ser comprovado em I Samuel ( 20. 41): "Beijaram-se um ao outro e choraram ambos, mas Davi chorou muito mais". A parte final deste verso diz que Davi se excedeu, o que sugere que não ficaram só no beijinho, mas partiram para carícias que deixaram profunda saudade em Davi, ao ponto de dedicar ao amado um cântico de lamento: "Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; muito querido me eras! Maravilhoso me eras o teu amor, ultrapassando o amor de mulheres! ( II Samuel 1.2). Agora pensem comigo: QUAL HÉTERO VAI DIZER QUE O AMOR POR UM AMIGO ULTRAPASSA O AMOR POR MULHERES? 
Como podemos perceber, ainda que de forma contraditória, homossexualidade e religião coexistem no mesmo espaço: o ser humano, pois fazem parte de nossa formação, de nossa socialização, de nossa condição humana. O que difere é a forma como cada um de nós as encara. Este, porém, é um caminho espinhoso, onde temos que andar com todo cuidado possível, mas sem perder a firmeza do posicionamento político onde a religião não pode interferir na condição sexual de seus seguidores, muito menos puní-los por isso  e nenhuma condição sexual  deve interferir ou ser modelo padrão de nenhuma religião. 



segunda-feira, 6 de junho de 2016

STILLETO DANCE: RESISTÊNCIA OU EMPODERAMENTO HOMOSSEXUAL?


Você com certeza já deve ter visto ou ouvido falar em stiletto por ai. O Stiletto Dance é uma dança em cima do salto, onde se trabalha a postura e o equilíbrio. Surgida na última década em escolas de dança na Broadway, em Nova Iorque, a modalidade nasceu de exercícios para treinar o equilíbrio de bailarinos e acabou se popularizando com o lançamento do álbum I Am... Sasha Fierce (2008), de Beyoncé, quando, nas performances dos clipes de Single Ladies e Diva, a cantora sobe no salto para fazer coreografias bem sincronizadas e sensuais. O Stiletto, portanto, é predominantemente uma dança feminina e consegue despertar a sensualidade que está dentro de cada mulher. As dançarinas de stilleto buscam parecer a musa que querem copiar.
Este estilo, no entanto, caiu nas graças de homossexuais masculinos, dividindo opiniões a respeito: há quem faça do stilleto um estilo de vida de auto afirmação da identidade homossexual; e há quem ache o stilleto um desserviço a causa homossexual, pois só aumentaria o preconceito contra homossexuais masculinos. Não queremos aqui julgar o mérito do estilo, mas levantar o debate sobre a polêmica em torno do “ levar a vida em cima do salto”.
Não negamos que o stilleto subverte a ordem imposta pela sociedade ao gênero masculino, mas será que isso é o bastante para empoderar seus adeptos sobre o que é ser homossexual nesta mesma sociedade? Hoje, durante uma conversa com um dançarino de stilleto, homossexual assumido, perguntamos ao mesmo o motivo que o leva a se acabar dançando em cima de um salto? Por surpresa, a resposta que recebemos nos incomodou profundamente, disse ele:

Eu danço stilleto porque me sinto bem, quando eu to de salto sou mais eu, sou mulher, sou diva, sou invejada... Eu me liberto. Sei que sou bom nisso, muita mulher fica pagando ao meu ver dançar, porque eu me rasgo mais que elas, sou mais mulher que elas nessa hora.

Ok, é só isso?Dançar, ser mais mulher que as próprias mulheres? Mas em que o stilleto te ajuda a se compreender enquanto homossexual? Perguntamos. E ele não soube responder... Mas seguiu enfatizando que se sente mais mulher porque esta de salto e é invejado pelas mulheres que não conseguem dançar como ele, isso nos levou a refletir o papel do salto alto na vida deste homossexual: quando o salto alto deixou de ser um instrumento de resistência para ser instrumento de empoderamento, se é que ele o empodera? Estaria o salto significando para este dançarino a fiança de uma mudança repentina de identidade? Mas e depois que ele desce do salto? O que acontece?
Um grande erro do olhar leigo sobre o stilleto é vê-lo apenas pelo caráter estético, isso resulta julgamentos rasos, que vão da admiração, passando pela preocupação com as articulações do calcanhar e do joelho que, certamente seus adeptos terão no futuro, até a inaceitabilidade de um homem “querer ser mais que as mulheres”. No entanto, o stilleto é muito mais que isso. Podemos equipará-lo a um movimento homossexual Pop de grande aceitação atual, mas que ainda não sabe a força que tem. Pelo menos não a força política.
O Stilleto é resistência quando homens sobem num salto agulha, dançam o mais feminino que podem, com exageros de movimentos de braços, posturas alongadíssimas e muito carão, subvertendo assim, o que a sociedade espera do comportamento masculino. Falamos aqui de um estilo cujo espaço é quase homossexual, quase porque também é muito procurado por mulheres não necessariamente homossexuais, mas a presença destas não tira o reinado daqueles no estilo.
O stilleto não é, ou ainda não é empoderamento, pois ainda que seja uma prática social em crescimento constante, espaço de sociabilidades juvenis, não fomenta debates sobre a presença homossexual neste espaço, não traça estratégias informativas sobre o lugar do salto na ressignificação da identidade desses homossexuais adeptos do estilo, não conscientiza ninguém sobre o direito de usar um salto, por exemplo, e todas as subjetividades agregadas ao uso deste calçado e não de uma coturno, por exemplo; não fomenta debates sobre os direitos civis desses dançarinos, etc; mas ao contrário, aliena seus adeptos ao incentivar a competitividade nos mesmos seja no sentido de levá-los a uma homogeneização, ou de distinção entre a mais feminina, a mais desejada, a mais Diva a mais copiada, etc. Não que isso não possa acontecer, mas em nosso entendimento, isso enfraquece não apenas estas identidades sexuais, mas também a luta pela conquista de direitos LGBT. Empoderamento vai muito mais além que subversão de gêneros, o salto não é apenas um calçado, sentir-se diva não livra ninguém de ser agredido na rua por algum(ns) homofóbico(s), muito menos o stilleto é capaz de compreender a diversidade de homossexualidades dentro da homossexualidade. Quando os dançarinos de stilleto começarem a refletir sobre isso e não apenas saírem desfilando e dançando ao som de “Crazy in love” ai sim, poderemos pensar em empoderamento

 

sábado, 4 de junho de 2016

A HOMOFOBIA NOSSA DE CADA DIA




Sem dúvida um dos grandes problemas de nossa sociedade é a intolerância às diversidades que nela habitam. Todos os dias tomamos conhecimento de casos de violência contra mulheres, religiosos(as), idosos(as), portadores(as) de necessidades especiais, pobres, negros(as), homossexuais, dentre tantos outros, mas dificilmente paramos para pensar a respeito; principalmente no que tange a intolerância às diversidades sexuais. Aqui convocamos, pois, ao debate sobre a intolerância a PESSOAS homossexuais, sobre a violência diária voltada contra gays no Brasil, sobre a Homofobia nossa de cada dia.
A homofobia pode ser entendida de forma genérica como uma manifestação preconceituosa caracterizada pela aversão contra sujeitos(as) homossexuais em geral. Surgido inicialmente nos Estados Unidos, no início da década de 1970, o termo homofobia foi utilizado para designar “o medo expresso por heterossexuais de estarem na presença de homossexuais” (JUNQUEIRA: 2007); (PRADO: 2015); (BORRILLO: 2015) e carrega em si diversas cargas ideológicas de gênero, hierarquias, politica, sexualidade, exclusão social, violência física e simbólica; e se realiza de forma negativa contra as homossexualidades, estabelecendo de forma arbitrária um (não)lugar social para sujeitos homossexuais.
A homofobia, no entanto, é bem mais que uma discriminação dirigida a um indivíduo, ela volta-se para todo um coletivo idealizado a partir da marcas caricatas de gênero e de modelo comportamental (heterossexual) que condena e exclui tudo o que foge a esta caricatura. Sua dimensão, portanto, não é apenas pessoal, dirigida a sujeitos homossexuais, mas social, logo, também política; podendo até mesmo existir independente da condição sexual de suas vítimas. Lembremos das diversas páginas e perfis em diferentes redes sociais, dirigidas à divulgação do pensamento homofóbico em nossa sociedade através da internet, mas também lembremos de casos como o da Exposição Agropecuária Industrial e Comercial (Eapic) de São João da Boa Vista, interior de São Paulo, em 2011, onde pai e filho, heterossexuais, foram duramente agredidos por cerca de 20 homens homofóbicos que os confundiram com um casal homossexual que ousava afrontar a moral heteronormativa da referida exposição, simplesmente porque andavam abraçados entre as pessoas que ali estavam. Na ocasião, mesmo tentando explicar tratar-se de pai e filho e não de um casal homossexual, ambos foram agredidos: o pai teve a orelha mordida e decepada e foi levado ao hospital inconsciente após vários golpes na cabeça e no queixo e o filho teve ferimentos leves1. 
Como podemos ver, ao contrário do que muit@s podem pensar, você não precisa ser homossexual para ser vítima de homofobia, basta apenas não seguir o imaginário normativo heterossexual, ou seja, o comportamento pré-moldado que a sociedade espera que você siga se homem ou mulher. Mas que autoridade tem essa sociedade para ditar o que devemos ou não fazer, seguir, quem desejar e com quem nos relacionar? Se todos somos diferentes ( e que bom que somos diferentes), é natural que não sigamos padrões de comportamento e ninguém tem nada a ver com isso, mas é necessário o respeito às individualidades.
Respeito, alías, é o que está em falta no mercado enquanto a intolerância está sendo distribuída de forma irresponsável no seio das famílias, nas escolas, nas igrejas, na política,enfim, nas instituições formativas de nosso caráter. O que é extremamente preocupante, já que por lei, pela moral e por nossa humanidade, deveríamos ser pessoas voltadas à socialização, respeitando tod@s sem distinção. passemos, pois a pensar sobre igualdade, para que dados como os apresentados a seguir não façam mais parte de nosso cotidiano:


 

quinta-feira, 2 de junho de 2016

O PRIMEIRO CASAMENTO GAY DO BRASIL




Se você acredita que a luta LGBT pela legalização do casamento entre iguais é algo recente, em verdade vos digo meu amigo/minha amiga: você está enganad@!

Segundo James Green e Ronald Polito, autores do livro “ Frescos Trópicos: fontes sobre a homossexualidade masculina no Brasil (1870 – 1980)”,impresso pela editora José Olympio, em 2006; o primeiro casamento HOMOSSEXUAL brasileiro, com todo o glamour de uma cerimonia religiosa tradicional, aconteceu ainda no século passado, mais precisamente no dia 10 de dezembro de 1962, há quase 54 anos atrás, no Rio de janeiro. Na ocasião,mesmo contrariando a legislação vigente e a moral da sociedade da época, a “Senhorita” Marquesa , então com 17 anos; e o Sr. Craveiro tornaram-se o casal Sodré. Fato este noticiado de forma sensacionalisata pelos repórteres João Luis de Albuquerque e Orlando Rafino à revista Fatos & Fotos de 22 de dezembro do mesmo ano, sob o título: “ As bodas do diabo”.

O casamento dos Sodré foi um marco da história LGBT no Brasil, porém, estranhamente pouco se ouve a respeito. Na ocasião, a revista Fatos & Fotos deu total destaque ao evento apresentando uma reportagem que, apesar de preconceituosa, ocupou-se de registrar em detalhes a cerimonia, a emoção dos noivos, a irreverencia dos convidados e a audácia de um ato improvável para os casais homossexuais brasileiros de então. Segundo os repórteres:

Para muitos foi o casamento do ano. A noiva, com seus 17 anos e seu vestido importado de Paris, estava radiante de felicidade. Apenas 20 convidados presentes à cerimônia e cinqüenta na recepção. Às cinco da madrugada, na Barra da Tijuca, no Rio, a Srta. Marquesa e o Sr. Craveiro transformaram-se no casal Sodré. Vinte e quatro horas mais tarde, numa boate em Copacabana, o novo par recebeu os amigos para um coquetel. Em tudo aquilo, no entanto, algo de estranho. No convite havia uma alternativa para o traje obrigatório: travesti ou convencional.
O que ocorreu na madrugada de 10 de dezembro, em Copacabana, foi apenas o casamento de um homem com outro homem. O que há de mais lamentável em tudo isso e que, no bairro mais famoso da cidade, tenha a degenerescência atingido um tal ponto que um fato desta ordem não tenha espantado os que, como as autoridades, souberam com tanta antecedência da caricatura grotesca de um dos atos mais sérios de todo o mundo _ o casamento.
Por volta de uma hora da manhã os convidados começaram a chegar. Em meio à confusão, ninguém mais sabia o sexo das pessoas. E as dúvidas pairavam no ar quando descia uma pessoa de um automóvel num caríssimo Dior, brinco nas orelhas, joias pelo corpo. Lá dentro esperava-se pela noiva.
Craveiro Sodré mostrava-se inquieto com o atraso da marquesa.
_ Será que ela mudou de idéia e fugiu com outro?
A verdade é que nada menos que cinco costureiras tiveram que, ás pressas, nos últimos instantes, rever o vestido da noiva que chegara de Paris. Daí o atraso.
Ao som da Marcha Nupcial, a Marquesa deu entrada solene, às duas da manhã. E já chegou chorando. Uma amiga a consolou.
_ não se preocupe amor. Chorar faz bem e eu também chorei no dia do meu casamento.
A pedido dos noivos, nada de “twist” ou música dançável. Apenas Mozart, Bach, Haydn e Vivald. O “buffet” foi servido às cinco da manhã: Caviar Fresh, Malossol, Lagosta Montada à Parisiense, Virgine Ham, Strogonoff de galinha, Picadinho, Frutas do pais licores, café, vinhos, uísque e champanha.
Na hora de cortar o bolo, a Marquesa chorou outra vez.
_Estou triste porque mamãezinha não pode vir. Mas foi melhor assim. Ela não entenderia.
À saída para a lua de mel, com latas amarradas atrás do carro, o casal despediu-se dos amigos. Marquesa, a um canto, ouvia os conselhos de algumas colegas mais velhas e já casadas. E partiram com duas lambretas à frente, abrindo caminho, à guisa de batedores.
A menos de 2 Km do Distrito Policial. Em Copacabana, alheios aos princípios morais e ao código Penal, dois homens decidiram afrontar as leis do pais e o conseguiram.

Revista Fatos &Fotos, 22 de dezembro de 1962.”
(GREEN; POLITO: 2006, p. 60-61)

Subversão, ousadia, deboche, irreverência e amor, acima de tudo amor. O casal Sodré, independente de ser composto por dois homens, não esperou ou pediu permissão para viverem juntos como marido e mulher, pois assim se viam, assim viviam, e assim decidiram viver para sempre. Que sejam lembrados, pois, como ícones da luta por Diretos LGBTs no Brasil.

Segundo o site Jusbrasil.com.br, o primeiro casamento homoafetivo legalizado no Brasil, porém, ocorreu em São Paulo, em 2011, quando o casal Luiz André Rezende Souza Moresi e José Sérgio Souza Moresi que já viviam juntos há oito anos, teve sua certidão de união estável convertida em certidão de casamento por decisão do juiz Fernando Henrique Pinto, no dia 27 de junho do mesmo ano, contrariando a orientação religiosa que liga casamento à procriação e impedia a realização de matrimônio entre pessoas do mesmo sexo. A decisão baseou-se no entendimento de que casamento não é apenas uma ligação religiosa, mas um laço de amor e amor não tem cor, raça, conta bancária, muito menos condição sexual (eu não gosto do termo orientação sexual, eu prefiro condição sexual, é mais completo e determinante, já que é condição de existência e não direção a ser seguida, podendo ser mudado no caminho, mas cada um é livre pra usar o termo que achar que deve). A certidão de casamento foi entregue ao casal um dia depois, dia 28 de junho, não por acaso, dia em que se comemora o dia mundial do orgulho LGBT.

Já estamos oficialmente casados. A união estável não da certidão e não muda o registro civil. Com o casamento adotamos o sobrenome um do outro. (…) Correram os proclamas uns 15 dias e o promotor de Justiça Luiz Berdinaki concedeu parecer favorável. Após parecer do Ministério Público, a ação seguiu para a 2ª Vara de família da Comarca de jacareí, Fernando Henrique Pinto, que autorizou o casamento”; disse Luiz André Souza Moresi ao site Jusbrasil.com.br.

Tanto o casal Sodré, como o casal Souza Moresi foram importantes para a história do movimento LGBT no Brasil, principalmente por serem os nomes que ampliarem as conquista de Direitos LGBT, negados até então. Depois deles, muitos outros vieram e que venham mais, muitos mais... Mas é importante destacar que essas conquistas só foram possíveis pelo empoderamento dessas pessoas que não desistiram de lutar por seus direitos. É claro que essas uniões não foram suficientes para derrotar o preconceito das mentes fechadas ao amor homossexual, mas pelo menos foram importantes para dar visibilidade aos Direitos LGTBs no Brasil. Hoje, o sentido de família é bem diferente daquele das épocas destes casais. O Direito de família está mais inclusivo e democrático, e casais homossexuais podem, em tese, gozar os mesmos direitos e deveres civis de todo casal brasileiro, dentre eles casar e constituir família, incluindo-se aqui a possível adoção de crianças, mesmo diante de todas as polêmicas envolvidas nesta temática, mas isso é assunto para outro post.


quarta-feira, 1 de junho de 2016

48 CURIOSIDADES SOBRE HISTÓRIA DA HOMOSSEXUALIDADE



1. A peça pornográfica mais antiga do mundo, criada há mais de 3 mil anos, tem casais de dois homens, duas mulheres, e de homem com mulher.

2. A cantada mais antiga já registrada aparentemente foi dita entre dois homens. Uma história mitológica da vigésima dinastia do Egito Antigo narra uma discussão entre Horus e Seth sobre quem governaria que durou 80 anos. Seth tentou persuadir Horus a ir para a cama com ele, dizendo “Como suas nádegas são bonitas! E como suas coxas são musculosas!”. Eles, então, fazem sexo.
3. No Egito, dois manicures reais chamados Niankhkhnum e Khnumhotep foram encontrados enterrados juntos numa tumba compartilhada, similar à maneira como pares casados costumavam ser enterrados. Sua epígrafe diz: “Unidos na vida e unidos na morte”. Eles viveram por volta de 2400 a.C., e acredita-se que são o casal gay mais antigo de que se tem registro. 

4. Algumas figuras históricas homossexuais e bissexuais transformaram seus amantes em deuses. Alexandre, o Grande, queria transformar seu amante de infância Heféstion em um deus quando ele morreu, mas só conseguiu declará-lo um Herói Divino. O imperador romano Hadrian, que construiu uma muralha no norte do Reino Unido, conseguiu fazer de seu amante, Antínoo, um deus depois que este se afogou no rio Nilo.
5. A igreja abençoava casamentos homoafetivos no século IX, entre eles o do imperador bizantino Basil I (nascido em 830/835, reinando entre 867 e 886) e seu parceiro, João.
6. O mito de criação narrado em O Banquete, de Platão, conta que havia três sexos: aqueles com duas cabeças masculinas (que descendiam do Sol), aqueles com duas cabeças femininas (que descendiam da Terra) e aqueles com uma cabeça masculina e uma feminina (que descendiam da Lua). Quando se enfureceu com eles, Zeus aleijou a todos cortando-os ao meio. Desde esse dia, de acordo com a história, nós buscamos nossa outra metade para nos completarmos. Isso é conhecido como a Origem do Amor.
7. Mercúrio representa a harmonia dos princípios masculinos e femininos. Na mitologia, Mercúrio era pai de Hermafroditus, que tinha órgãos sexuais masculinos e femininos.
8. Os antigos gregos não acreditavam na heterossexualidade nem na homossexualidade. Mas eles acreditavam em passivo e ativo. A forma mais comum de relacionamentos homoafetivos acontecia quando um homem mais velho, o erastes, atuava como mentor e amante de um garoto mais jovem, o eromenos. Eles acreditavam que o esperma era a fonte do conhecimento e que por meio dele era possível “transmiti-lo”.
9. Um bando de 150 casais gays de Tebas derrotou um exército de Esparta, e seguiu invicto por 30 anos.
10. Na China antiga, referia-se à homossexualidade como “a manga cortada” e “prazeres do pêssego mordido“.
11. Até o final do século XV, em inglês, a palavra “girl” significava apenas uma criança de qualquer gênero. Se era necessário diferenciar entre elas, crianças do sexo masculino eram tratadas por “knave girls” e as do sexo feminino, “gay girls”.
12. Acredita-se que a palavra drag vem de um acrônimo de uma instrução de palco criada por Shakespeare e seus contemporâneos: “Dressed Resembling A Girl” (“vestido como uma garota”, em tradução livre).
13. A corte da colônia de Virgínia registrou a primeira ambiguidade de gênero entre os colonizadores norte-americanos em 1629. Um servo de nome Thomas(ine) Hall foi declarado oficialmente pelo governador como sendo ao mesmo tempo “um homem e uma mulher”. Para evitar que todos ficassem confusos, Hall recebeu ordens de vestir artigos de roupa de ambos os sexos todos os dias.
14. No início do século XVII, em Londres, existiu um bordel gay no local onde hoje está o palácio de Buckingham.
15. Frederico II, conhecido como Frederico, o Grande, reinou sobre a Prússia entre 1740 e 1786. Quando jovem, tentou fugir com seu namorado, Hans Hermann von Katte, mas os dois foram capturados na fronteira. Frederico foi perdoado, mas foi obrigado por seu pai a assistir à decapitação de Hans. Ele é considerado um dos maiores governantes que o país, hoje parte da Alemanha, já teve, e entre outras coisas é o responsável pela introdução da batata no cardápio prussiano. Ele morreu sem deixar herdeiros.
16. Colégios e internatos eram vistos, no Brasil Império (1822-1889), como um reduto onde “proliferaria a perversão sexual, tanto de meninos quanto de meninas, cabendo aos professores, inclusive, o papel de corruptor”.
17. Nicholas Biddle, um dos primeiros exploradores da América do Norte, descobriu que entre a tribo dos Minitarees “se um garoto demonstra qualquer sintoma de efeminação ou inclinações de menina, ele é colocado entre as garotas, vestido como elas, criado como elas e às vezes casado com outros homens”.
18. Registros de hospitais, como o Sanatório Pinel de São Paulo, revelam que os médicos brasileiros tratavam a homossexualidade como uma doença. Havia um certo desespero em compreender os gays e fornecer uma explicação científica para o comportamento. Em 1872, foi desenvolvido na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro o primeiro trabalho científico no país em que dedicava um capítulo exclusivo para a “sodomia ou prostituição masculina”. Realizado pelo médico Francisco Ferraz de Macedo, a pesquisa tinha o objetivo de auxiliar no tratamento da sífilis. “Não é raro encontrarmos pelas ruas da cidade, especialmente nas portas dos teatros, quando há espetáculos, rapazes de 12 e 20 anos, trajando fina bota de verniz, calça do mais fino tecido unida ao corpo, feita assim expressamente para desenhar-lhe as formas”, descrevia o médico, com especial atenção ao vestuário de sua objeto de pesquisa.
19. Já houve um rei gay em Uganda. Há inúmeros registros de que o rei Mwanga II, que governou entre 1884 e 1888, teve casos com seus servos homens.
20. No século XIX a palavra gay era usada em inglês para se referir a uma mulher que se prostituía, e um homem gay era um homem que ia para a cama com muitas mulheres.
21. Os homossexuais do século XIX em Londres criaram um dialeto próprio de gírias para poderem se comunicar em público sem receios de serem presos, chamado Polari.
22. O livro Carmilla, sobre uma vampira lésbica que caçava jovens donzelas, foi escrito 25 anos antes de Drácula, de Bram Stoker.
23. Ao que tudo indica os EUA já tiveram um presidente gay: James Buchanan. Ele morou 10 anos junto com seu futuro vice-presidente, William Rufus King. Outro presidente norte-americano, Andrew Jackson, chamava Buchanan de “senhorita Nancy” e “tia Fancy”.
24. O uso moderno da palavra “gay” vem de gaycat, uma gíria utilizada entre moradores de rua para designar um garoto que acompanhava um mendigo mais velho e mais experiente, deixando subentendido que havia uma troca de sexo por proteção.
25. No Rio, no começo do século XX, “gouveia” era gíria para homem velho que deseja garotos jovens. A pretensa primeira história pornográfica homoerótica brasileira chamava-se “O Menino do Gouveia” e foi publicada pela revista Rio Nu, em 1914, que trazia a ilustração de dois homens durante o ato sexual.
26. O monóculo deixou de ser usado hoje em dia, mas era altamente popular entre “os círculos requintados de lésbicas no início do século XX”.
27. O livro Homossexualismo, de 1906, era categórico ao afirmar que “pederastas ativos e passivos” existiam em todas as classes sociais do Rio de Janeiro, inclusive na Igreja, no Exército e nas Forças Navais, entre funcionários públicos, diplomatas e juízes. Pires de Almeida, seu autor, relacionava a capacidade de se assobiar às práticas sexuais: “Os que não sabem assobiar são unicamente os pederastas passivos; uns, pelo abalo incômodo que produz, no reto, não só esse, como outros movimentos mais ou menos violentos; a tosse, o espirro”.
28. Um jurista propôs que se condenasse a até um ano de cadeia “atos libidinosos entre indivíduos do sexo masculino que causarem escândalo público”, durante a redação do Código Penal Brasileiro no final dos anos 30. “Felizmente, o artigo 258, bem como a cláusula, foram cortados da última lista de propostas para o Código Penal de 1940”, completa o livro Frescos Trópicos.
29. A organização LGBT mais antiga ainda em funcionamento é o Centro para a Cultura e Lazer, fundado em 1946. Esse nome tão genérico tinha a intenção de mascarar seu propósito, tabu na época.
30. Os gays vítimas do Holocausto, marcados com o triângulo cor-de-rosa invertido, ainda eram considerados criminosos depois de libertados dos campos de concentração. Muitas vezes eles eram enviados de volta para prisões para cumprirem penas por serem homossexuais.
31. Durante a década de 1950 houve uma tentativa de se trocar o termo “homossexual” por “homófilo”. A intenção era enfatizar o amor entre pessoas do mesmo sexo, não o sexo.
32. Há várias décadas os heterossexuais amam a revista Playboy, mas ela também já deu sua ajuda para os homossexuais. Hugh Hefner, seu editor, foi o único que topou publicar um conto de ficção científica sobre um mundo em que os heterossexuais eram uma minoria num mundo dominado por homossexuais, em 1955. Quando recebeu uma enxurrada de cartas reclamando, ele respondeu: “se é errado oprimir os heterossexuais numa sociedade homossexual, então o reverso também é errado.”
33. “As Bodas do diabo”. Foi assim que a revista Fatos & Fotos noticiou o primeiro casamento entre dois homens no Brasil, em dezembro de 1962, em Copacabana, no Rio. A reportagem refletia o preconceito com descrições do tipo a “solenidade mais espantosa do século”, uma “afronta às leis do país”, uma “caricatura grotesca”.
34. Muitos conhecem o código dos lenços, mas poucos sabem que as lésbicas usavam estrelas azuis nos pulsos entre as décadas de 1950 e 1970 para identificarem-se em clubes.
35. Jimi Hendrix fingiu ser gay para fugir do alistamento militar em 1962.
36. Um romance de ficção científica publicado em 1969 previu a aceitação da comunidade LGBT pela maioria da população. Ele também previa que a China se tornaria uma potência econômica, a criação da União Europeia, a TV via satélite, impressoras a laser e a popularização da maconha.
37. Durante a década de 1960 o termo AC/DC, emprestado dos termos para as correntes elétricas, era usado como uma gíria para bissexuais nos EUA.
38. Um serial killer conhecido como Doodler (“rabiscador”, em tradução livre) tinha como alvo os gays de San Francisco na década de 1970. Ele desenhava suas futuras vítimas nuas antes de assassiná-las. Três alvos conseguiram sobreviver, o suspeito foi identificado, mas ninguém estava disposto a prestar depoimento para condená-lo por medo de sairem do armário.
39. Quando a HQ do Hulk foi adaptada para a televisão na década de 1970, o nome do protagonista Bruce Banner foi alterado para David Banner, porque considerava-se que “Bruce” era um nome típico de gays.
40. O primeiro boneco abertamente gay, Gay Bob, chegou às prateleiras em 1977. Ele tinha um brinco na orelha e vinha numa caixa em forma de armário.
41. Leonard Matlovich foi o primeiro soldado dos Estados Unidos a se declarar homossexual. Quando morreu, foi enterrado numa lápide sem nome e ficou conhecido apenas como o Veterano Gay do Vietnam. Em seu epitáfio pode-se ler: “Quando eu estava no exército, deram-me uma medalha por matar dois homens, e uma dispensa por amar um.”
42. O filme De Volta Para O Futuro, de 1985, tem uma cena excluída em que Marty confessa ao Doutor que está preocupado com a possibilidade de virar gay se ele der em cima da própria mãe.
43. O governo dos Estados Unidos considerou criar uma “bomba gay”. Em 1994 os cientistas ponderavam que despejar feromônios sexuais sobre as tropas inimigas faria com que os soldados ficassem com tesão um pelos outros.
44. O ator John Barrowman quase conseguiu o papel de Will no seriado Will & Grace, em 1998. Ele foi preterido pelos produtores do programa, no entanto, por se considerado “hétero demais”. Barrowman é gay. Eric McCormack, que conseguiu o papel, é hétero.
45. Ativistas LGBT da Austrália fundaram em 2004 um micropaís chamado “Reino Gay e Lésbico das Ilhas do Mar de Coral”. A bandeira nacional é uma bandeira do arco-íris, a moeda oficial é o euro, e ele existe até hoje.
46. Em 2007, um grupo proveniente da ilha grega de Lesbos entrou com uma ordem judicial para impedir que grupos gays utilizassem a palavra “lésbica” em seus nomes porque era “ofensivo”. Não funcionou.
47. A agência de notícias chinesa Xinhua publicou em 2009 uma nota sobre a suposta existência de uma cidade sueca em que 25 mil lésbicas viviam sob a proibição de conversarem com homens. Vários sites turísticos da Suécia saíram do ar nos dias seguintes devido à enorme quantidade de internautas chineses que os visitavam em busca de mais informações.
48. Um bilionário de Hong Kong ofereceu 65 milhões de dólares para o homem que conseguisse seduzir e se casar com sua filha lésbica. Não funcionou.