sábado, 4 de junho de 2016

A HOMOFOBIA NOSSA DE CADA DIA




Sem dúvida um dos grandes problemas de nossa sociedade é a intolerância às diversidades que nela habitam. Todos os dias tomamos conhecimento de casos de violência contra mulheres, religiosos(as), idosos(as), portadores(as) de necessidades especiais, pobres, negros(as), homossexuais, dentre tantos outros, mas dificilmente paramos para pensar a respeito; principalmente no que tange a intolerância às diversidades sexuais. Aqui convocamos, pois, ao debate sobre a intolerância a PESSOAS homossexuais, sobre a violência diária voltada contra gays no Brasil, sobre a Homofobia nossa de cada dia.
A homofobia pode ser entendida de forma genérica como uma manifestação preconceituosa caracterizada pela aversão contra sujeitos(as) homossexuais em geral. Surgido inicialmente nos Estados Unidos, no início da década de 1970, o termo homofobia foi utilizado para designar “o medo expresso por heterossexuais de estarem na presença de homossexuais” (JUNQUEIRA: 2007); (PRADO: 2015); (BORRILLO: 2015) e carrega em si diversas cargas ideológicas de gênero, hierarquias, politica, sexualidade, exclusão social, violência física e simbólica; e se realiza de forma negativa contra as homossexualidades, estabelecendo de forma arbitrária um (não)lugar social para sujeitos homossexuais.
A homofobia, no entanto, é bem mais que uma discriminação dirigida a um indivíduo, ela volta-se para todo um coletivo idealizado a partir da marcas caricatas de gênero e de modelo comportamental (heterossexual) que condena e exclui tudo o que foge a esta caricatura. Sua dimensão, portanto, não é apenas pessoal, dirigida a sujeitos homossexuais, mas social, logo, também política; podendo até mesmo existir independente da condição sexual de suas vítimas. Lembremos das diversas páginas e perfis em diferentes redes sociais, dirigidas à divulgação do pensamento homofóbico em nossa sociedade através da internet, mas também lembremos de casos como o da Exposição Agropecuária Industrial e Comercial (Eapic) de São João da Boa Vista, interior de São Paulo, em 2011, onde pai e filho, heterossexuais, foram duramente agredidos por cerca de 20 homens homofóbicos que os confundiram com um casal homossexual que ousava afrontar a moral heteronormativa da referida exposição, simplesmente porque andavam abraçados entre as pessoas que ali estavam. Na ocasião, mesmo tentando explicar tratar-se de pai e filho e não de um casal homossexual, ambos foram agredidos: o pai teve a orelha mordida e decepada e foi levado ao hospital inconsciente após vários golpes na cabeça e no queixo e o filho teve ferimentos leves1. 
Como podemos ver, ao contrário do que muit@s podem pensar, você não precisa ser homossexual para ser vítima de homofobia, basta apenas não seguir o imaginário normativo heterossexual, ou seja, o comportamento pré-moldado que a sociedade espera que você siga se homem ou mulher. Mas que autoridade tem essa sociedade para ditar o que devemos ou não fazer, seguir, quem desejar e com quem nos relacionar? Se todos somos diferentes ( e que bom que somos diferentes), é natural que não sigamos padrões de comportamento e ninguém tem nada a ver com isso, mas é necessário o respeito às individualidades.
Respeito, alías, é o que está em falta no mercado enquanto a intolerância está sendo distribuída de forma irresponsável no seio das famílias, nas escolas, nas igrejas, na política,enfim, nas instituições formativas de nosso caráter. O que é extremamente preocupante, já que por lei, pela moral e por nossa humanidade, deveríamos ser pessoas voltadas à socialização, respeitando tod@s sem distinção. passemos, pois a pensar sobre igualdade, para que dados como os apresentados a seguir não façam mais parte de nosso cotidiano:


 

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