
Não pense você que as torturas e assassinatos de homossexuais, em nome de Deus,de Alá, ou de quem quer que seja, ficaram no passado. Lembremos do caso de do Irã, baseado na lei Islãmica, que estabelece a pena de morte para o sexo gay, que, em 2005, condenou dois adolescentes a prisão por 14 meses, seguido da aplicação de 228 chibatadas em cada um e enforcamento público na Praça da Justiça da cidade de Mashhad, nordeste do Irã. Causando revolta e comoção mundiais.

O Islamismo continua condenando a homossexualidade; a Igreja Cristã também, tanto a católica quanto a evangélica. Para esta, indivíduos homossexuais são dotados de uma "Perversão satânica e deliberada desobediência a Deus" (Assembléia de Deus); ou de uma "Distorção da sexualidade"(Igreja Batista); Para aquela, no entanto, dois seguimentos divergem opiniões sobre a aceitação da homossexualidade: a primeira, a Apostólica Romana, orienta a formação familiar a partir da união heterossexual. A homossexualidade é condenada e vista como ato pecaminoso; a segunda, o catolicismo liberal, consegue deixar o carater sexual de seus fiéis em segundo plano, pois acredita que "O ser humano é acima de tudo uma criatura de Deus".
Mas nem só de preconceito vive o homem, alô alô graças a Deus! Outras religiões veem a homossexualidade como uma condição humana que não interfere no caráter e na fé de seus seguidores. O espiritismo, por exemplo, acolhe a homossexualidade, pois busca Entender as pessoas como elas são, sem preconceitos. Para a filosofia budista, por sua vez, não importa se o budista é hetero, bi, a, homo, pan, etc, o importante é não fazer o mal, mas cultivar o bem e purificar a mente. A Umbanda também não julga seus filhos e suas filhas homossexuais, as entidades não discriminam ninguém, pois veem diante deles o
ser humano, não sua sexualidade. O que a entidade quer é um coração bondoso, um
comportamento ético e muito trabalho e doação fraterna. Coincidência ou não, estas religiões que pregam o amor ao próximo, sem preconceitos, são tão discriminadas quanto sujeitos homossexuais. A discriminação ainda se agrava contra homossexuais que as seguem, em especial os ubandistas.

Em entrevista ao site Igay, o pastor Marcos, que hoje está casado com o Pastor Fábio Inácio, afirmou que os cultos são abertos a quem quiser participar e não exclui ninguém por sua condição sexual, disse ainda que a igreja cristã contemporânea realiza matrimônios e batizados como nas demais igrejas Cristãs.
“Defendemos
uma teologia inclusiva, de acolhimento homoafetivo. Tomamos como
exemplo Jesus, que sempre cuidou das minorias, acolhendo os que a
sociedade excluía”, diz.
Para o pastor Gladstone, Um dos grandes problemas da não aceitação de homossexuais nas igrejas cristãs, nasce na interpretação errônea de que a bíblia condena a homossexualidade, quando, na verdade, condena os rituais pagãos. Vai além: culpa também as diferentes tradições do livro sagrado que são usadas para disseminar a ideologia da condenação e do pecado Cristão e cita como exemplo o texto de 1 Coríntios, capítulo 6, versículo 9.
“Versões
preconceituosas traduziram o trecho como ‘Efeminados e sodomitas
não herdarão o Reino dos Céus’, porém, o escrito original do
grego diz ‘Depravados e pessoas de costumes infames não herdarão
o Reino dos Céus’”, comenta.
Dentre tantas polêmicas envolvendo homossexualidade e texto sagrado, fica dificil acreditar que a Biblia condena a homossexualidade se lembrarmos do possivel amor entre Davi e Jonatas, descrito em I Samuel, quando o
Rei Saul chamou à sua presença Davi, então apenas um jovem guerreiro,
devido a seus grandes feitos em combate e por ter matado o gigante
Golias. Nesta ocasião, Jonatas, filho do rei Saul, ao ter visto pela
primeira vez davi, o Amou ( OI? Amor à primeira vista entre dois homens? Na Bíblia?! Então... Será? babado!)
Ora,
acabando Davi de falar com Saul,a alma de Jonatas ligou-se à alma de
Davi; e Jonatas o amou como à sua própria alma ( I Saul: 18 1)
O texto segue relaando que, depois de um tempo ,o rei
Saul desejou a morte de Davi, aind aque conhecedor da popularidade
de Davi, de recebê-lo na própria família com todas as honras, casando-o com a princesa
Milka. Ao lermos com atenção o o texo sagrado, podemos entender dois possíveis motivos para o nascimento do ódio de Saul por Davi:
Então
se acendeu a ira de Saul contra Jonatas, e a ele lhe disse: Filho da
perversa e rebelde! Não sei eu que tens escolhido o filho de Jessé
(Davi) para vergonha tua e para vergonha de tua mãe? ( I Samuel
20.30)
O primeiro motivo aparente que justifique o ódio de saul contra Davi é a escolha de
Jonatas de seguir Davi como rei. O segundo motivo, por sua vez, está implícito no trecho “para vergonha tua e para
vergonha de tua mãe?” onde podemos inferir uma possível homossexualidade
de Jonatas, o que era considerado extrema vergonha tanto para a sociedade em que vivia, como para uma mãe que
passou nove meses gerando no ventre um homem.
A decepção de Saul com seu filho Jonatas, portanto, seria dupla: primeiro por descobrir a possível homossexualidade de seu filho, depois por descobrir o envolvimento deste com o próprio genro, Davi, a quem Saul recebera como filho. O que por sua vez pode ser comprovado em I Samuel ( 20. 41): "Beijaram-se um ao outro e choraram ambos, mas Davi chorou muito mais". A parte final deste verso diz que Davi se excedeu, o que sugere que não ficaram só no beijinho, mas partiram para carícias que deixaram profunda saudade em Davi, ao ponto de dedicar ao amado um cântico de lamento: "Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; muito querido me eras! Maravilhoso me eras o teu amor, ultrapassando o amor de mulheres! ( II Samuel 1.2). Agora pensem comigo: QUAL HÉTERO VAI DIZER QUE O AMOR POR UM AMIGO ULTRAPASSA O AMOR POR MULHERES?
Como podemos perceber, ainda que de forma contraditória, homossexualidade e religião coexistem no mesmo espaço: o ser humano, pois fazem parte de nossa formação, de nossa socialização, de nossa condição humana. O que difere é a forma como cada um de nós as encara. Este, porém, é um caminho espinhoso, onde temos que andar com todo cuidado possível, mas sem perder a firmeza do posicionamento político onde a religião não pode interferir na condição sexual de seus seguidores, muito menos puní-los por isso e nenhuma condição sexual deve interferir ou ser modelo padrão de nenhuma religião.
A decepção de Saul com seu filho Jonatas, portanto, seria dupla: primeiro por descobrir a possível homossexualidade de seu filho, depois por descobrir o envolvimento deste com o próprio genro, Davi, a quem Saul recebera como filho. O que por sua vez pode ser comprovado em I Samuel ( 20. 41): "Beijaram-se um ao outro e choraram ambos, mas Davi chorou muito mais". A parte final deste verso diz que Davi se excedeu, o que sugere que não ficaram só no beijinho, mas partiram para carícias que deixaram profunda saudade em Davi, ao ponto de dedicar ao amado um cântico de lamento: "Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; muito querido me eras! Maravilhoso me eras o teu amor, ultrapassando o amor de mulheres! ( II Samuel 1.2). Agora pensem comigo: QUAL HÉTERO VAI DIZER QUE O AMOR POR UM AMIGO ULTRAPASSA O AMOR POR MULHERES?
Como podemos perceber, ainda que de forma contraditória, homossexualidade e religião coexistem no mesmo espaço: o ser humano, pois fazem parte de nossa formação, de nossa socialização, de nossa condição humana. O que difere é a forma como cada um de nós as encara. Este, porém, é um caminho espinhoso, onde temos que andar com todo cuidado possível, mas sem perder a firmeza do posicionamento político onde a religião não pode interferir na condição sexual de seus seguidores, muito menos puní-los por isso e nenhuma condição sexual deve interferir ou ser modelo padrão de nenhuma religião.